Manifesto Protestante!



À sociedade brasileira:

Nós, membros do grupo de discussões Cristãos Reformados, evangélicos de várias confissões protestantes, por meio deste manifesto, expressamos publicamente a nossa indignação quanto ao recente escândalo da "CPI dos Sanguessugas" que envolve parlamentares da bancada evangélica. Como cidadãos brasileiros e como cristãos é com tristeza e vergonha que lamentamos a falta de ética e os pecados da mentira, cobiça e furto apontados nas investigações em andamento nas CPIs e instâncias policiais e judiciais. Tais fatos são um desrespeito a cada brasileiro e uma afronta à nossa fé e a Deus - cujo Nome esses parlamentares carregam. Pedimos às autoridades competentes que exerçam justiça, com rigor e responsabilidade, na punição de todos comprovadamente culpados. Esperamos também que, com o mesmo rigor, sejam disciplinados em suas igrejas aqueles evangélicos tidos como culpados por estes pecados.

Por isso, é preciso que a sociedade brasileira tenha conhecimento de que muitos dos herdeiros históricos da "Reforma Protestante" não observam passivamente essas denúncias e nem aprovam a prática desonesta na política de qualquer cidadão - muito menos quando ela ocorre pelas mãos de evangélicos deste País. Vários de nós, como os integrantes deste grupo, não só protestamos contra o baixo nível ético que assola a nação, como também ficamos perplexos pela falta de compromisso doutrinário e espiritual com os princípios cristãos que presenciamos nas igrejas evangélicas brasileiras.

Lamentamos que, assim como o cristianismo do século XVI estava em decadência, manchado pela imoralidade de seu clero, escândalos de simonia, venda de indulgências, sede de poder, distorção doutrinária e podridão espiritual, as igrejas evangélicas brasileiras padeçam, hoje, de males semelhantes ou até piores que aqueles. Contra isso levantamos o nosso protesto, fundamentados nos cinco pilares da Reforma Protestante: Sola Scriptura, Solo Christo, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria. Esses princípios divinos são extraídos das Sagradas Escrituras e denunciam a falta de temor a Deus, o caos ético e moral, e o vergonhoso procedimento de igrejas e líderes evangélicos presentes em nossa sociedade.

1. Sola Scriptura - somente pela Bíblia

Protestamos contra o abandono da Sola Scriptura. Reafirmamos que somente a Bíblia deve ser nossa única regra de fé e prática, a "carta magna" dos evangélicos. Assim o fazemos pois cremos que Deus é seu Autor. Hoje, muitos evangélicos pregam, não a Bíblia, mas o personalismo, o materialismo, o curandeirismo, o profetismo, a auto-ajuda e o misticismo. Tudo isso escorado em falsas visões e revelações, as quais contradizem o ensino claro da Palavra de Deus. Protestamos contra todo tipo de bispo, apóstolo, pastor que colocam sua palavra no mesmo grau de autoridade da Bíblia. Protestamos ainda contra a falta de incentivo dos líderes em estimular os leigos à leitura da Bíblia, criando, assim, um ambiente que permita o questionamento e o aferimento dos ensinos e do modo de vida da própria liderança.

2. Solo Christo - somente por Cristo

Protestamos contra o abandono da doutrina do Solo Christo. Reafirmamos que a salvação de cada homem ocorre somente por meio da obra infalível de Jesus Cristo. Muitas igrejas evangélicas brasileiras não mais anunciam "somente Cristo", mas sim a salvação mediante exorcismos, dízimos e uma obediência cega aos líderes, os quais, na verdade, são falsos mestres que, pregando a si mesmos, adicionam outras obras como necessárias à salvação. Assim, por sórdida ganância, enganam o povo. Essas mazelas no meio dos cristãos já foram profetizadas pelo próprio Messias, como bem demonstram os Evangelhos e as epístolas de Paulo, Pedro e João. Somos bem-aventurados quando perseguidos somente por causa de Cristo, mas jamais pelo mau testemunho dos cristãos evangélicos.

3. Sola Gratia - Somente pela graça

Protestamos contra o abandono da doutrina da Sola Gratia. Reafirmamos que é Deus, somente por sua graça, Quem vai ao encontro do homem para salvá-lo. Protestamos contra as mais variadas barganhas em troca de favores divinos. Protestamos contra um "evangelho" antropocêntrico, centrado no homem. Protestamos contra uma igreja que se preocupa mais com o marketing e outras formas de agradar sua clientela, do que proclamar a simples mensagem da maravilhosa graça por meio de Cristo Jesus aos pecadores. Protestamos contra a pregação de uma graça barata que não fala do arrependimento dos pecados e da necessidade do poder transformador de Deus para viver a vida cristã. Protestamos contra quaisquer outros meios estranhos aos ensinos das Escrituras para a obtenção da salvação ou qualquer outra graça.

4. Sola Fide - Somente pela fé

Protestamos contra o abandono da doutrina da Sola Fide. Reafirmamos, neste nobre estandarte do protestantismo, o ensino da justificação do homem somente pela fé, e não por meio de quaisquer obras. Assim cremos, pois a Bíblia afirma não haver obra humana capaz de cobrir o pecado. A fé, pura e simples em Jesus, é suficiente porque a Sua obra é suficiente para salvar o pior dos pecadores. Protestamos contra a ressurreição de novas formas de indulgências que obscurecem a salvação somente pela fé. Exemplo disso é a compra de "objetos abençoadores", aquisição de produtos ungidos e pregação de fórmulas de prosperidade financeira e emocional. Protestamos contra coerção para a entrega de bens e dinheiro, abusando da boa fé e ingenuidade dos fiéis que, assim, tornam-se presas de lobos disfarçados de pastores. Protestamos contra o abandono do princípio de doações voluntárias segundo o exemplo do livro de Atos dos Apóstolos e a recomendação da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios. Protestamos contra as igrejas evangélicas que associam a salvação à qualquer observância de regras extrabíblicas que não podem salvar o homem de seu pecado e muito menos conduzi-lo verdadeiramente a Deus.

5. Soli Deo Gloria - Somente para a glória de Deus

Acima de tudo, protestamos contra o abandono da doutrina da Soli Deo Gloria . Reafirmamos que toda glória seja dada somente a Deus. Protestamos contra evangélicos que glorificam suas próprias obras, suas igrejas, seus templos, seus líderes e seus fiéis, mas não glorificam com suas vidas ao Deus Único e Verdadeiro. Protestamos contra aqueles que quebram a Lei de Deus, especialmente os Dez Mandamentos, para executar sua própria lei, roubando, mentindo, enganando a sociedade brasileira e maculando o sublime nome de Cristo do qual afirmam que são discípulos. Protestamos contra a prática pecaminosa e imoral de agentes políticos para beneficiar somente às igrejas evangélicas ao invés de se buscar o bem comum a todos os cidadãos brasileiros. Protestamos contra líderes que oferecem seus púlpitos à propaganda política em troca de favores. Protestamos contra todos aqueles que ambicionam a sua própria glória. Protestamos contra a quebra egocêntrica dos dois maiores mandamentos: amar a Deus e ao próximo.

Final

Por fim, apesar da vergonha que temos tido por levar sobre nós o nome de "evangélicos", reconhecemos que nem todos os chamados por esta alcunha têm agido de forma vergonhosa e antibíblica. Há, ainda, pastores e igrejas vivendo de modo íntegro o verdadeiro Evangelho de Jesus. Existem os que verdadeiramente são perseguidos por causa de Cristo. Muitos ainda têm as Sagradas Escrituras como única regra de fé e prática. O rebanho do Pastor supremo tem sido guiado ainda por genuínos cajados. São cristãos evangélicos que, assim como nós, protestam contra igrejas que se dizem herdeiras do protestantismo, mas que se distanciaram dos fundamentos da Reforma Protestante.

Suplicamos a Deus que tenha misericórdia de nossas igrejas, pois sabemos que o julgamento do Supremo Juiz começará na Sua própria casa. Suplicamos pelo Brasil para que tenha governantes dignos da imagem de Deus que carregam - sejam eles evangélicos ou não. Suplicamos a Deus por nossos pecados. Humilhamo-nos diante de Cristo como cidadãos brasileiros e cristãos evangélicos suplicando ao Senhor por verdadeiras reformas em nossas vidas e neste amado País, o qual a Providência nos deu para bem cuidar como fiéis mordomos.

No mais, deixamos os leitores livres para promoverem a divulgação deste manifesto pelos meios legalmente permitidos, rogando que seu texto seja respeitado e preservado.

A Deus somente toda a glória!

Respeitosamente ao povo brasileiro,

Cristãos Reformados

Brasil, Julho de 2006.

Dente de Ouro nas Igrejas!

O fenômeno do dente de ouro têm servido para dividir os crentes. Somente isto seria motivo suficiente para se questionar se tal fenômeno procede realmente de Deus, pois tudo que Deus faz, Ele faz para unir o seu povo e não para dividir.

De um lado há um grupo eufórico que não têm dúvida alguma que esta manifestação seja de Deus. Do outro lado há os céticos que negam a evidência do fenômeno, procurando dar uma explicação racional.


Não nego o fenômeno, porém não afirmo que seja sinal divino. Creio que tal fenômeno vêm ocorrendo, porém questiono a sua origem:

A) É realmente uma manifestação divina?

B) Qual seria o propósito de Deus manifestar-se dessa forma em nossos dias?

C) Há qualquer paralelo ou base bíblica direta para esse fenômeno?

D) Que resultado esse fenômeno provoca na pessoa que o recebe?

E) Orgulho espiritual do tipo "sou melhor que você porque Deus me restaurou um dos vários dentes"?

Pessoas que já receberam o dente de ouro estão se considerando mais espirituais do que as outras. Igrejas que acreditam no fenômeno, como manifestação divina, têm considerado aquelas que ainda não receberam o sinal, como igrejas carnais.

Isto é da vontade de Deus?

Porque Deus utilizaria ouro em vez de utilizar matéria prima de sua criação, o esmalte, que foi utilizado na criação dos dentes. O dente de ouro é mais perfeito do que o de esmalte?

O cego de Jericó (Lc.18:35-43) teve seu olho restaurado com matéria prima original, carne, sangue, veias, nervos, ou com vidro ou fibra ótica?

Jesus não criou um óculos (que é feito de vidro), nem fez um olho de vidro para o cego, mas restaurou-lhe os olhos. Porque Deus restauraria os dentes com ouro em vez de esmalte?


Quem usa ouro são os dentistas, porque não podem recriar os dentes cariados com esmalte. Isto é obra de Deus, que tudo faz perfeito. Mas estou certo de que os próprios dentistas, caso pudessem, prefeririam fazer restaurações originais, usando esmalte ao invés do ouro ou da amálgama. Muitos dentistas examinaram alguns crentes, "agraciados" com o fenômeno, e constataram tratar-se de um fato cientificamente explicável. Muitos estão utilizando um material diferente da amálgama de prata, material este que assume coloração dourada após algum tempo na boca, por causa da ionização do organismo.
Seria esta manifestação um sinal inconfundível da manifestação de Deus? Este sinal, que se diz ser divino, pode ser realizado por Satanás? Parece que sim:

"...segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça..." (II Ts.2:9,10).

Pode este sinal ser realizado pelos homens? Os dentistas podem fazê-lo? Como se explicam as mesmas manifestações ocorrendo entre os adeptos de seitas heréticas? (veja artigo abaixo a respeito).


A manifestação de Deus é inconfundível, pois tudo que Deus faz é perfeito, e tem o propósito de unificar os crentes. Para aqueles que insistem na crença deste fenômeno, convém a advertência bíblica: Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles (Rm.16:17). O maior sinal da manifestação de Deus na vida dos crentes, é o fruto do Espírito (Gl.5:16-26), e este sinal Satanás não pode copiar nem imitar ou fraudar!


Veja agora uma matéria publicada em um jornal de Goiânia sobre o Dente de Ouro:


MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ SOBRE DENTE DE OURO
Jornal Diário da Manhã Goiânia, terça-feira, 1.º de dezembro de 1992

Os Dentes de Ouro

Senhor redator:

Tenho acompanhado um determinado movimento no meio de algumas igrejas de Goiânia e fora daqui, especialmente Assembléia de Deus, Luz para os Povos e Comunidade Evangélica. É o caso do aparecimento dos dentes de ouro na boca de seus adeptos. Os jornais já focalizaram o assunto. Quero afirmar que o fenômeno em primeiro lugar aconteceu na vida de Dona Guilhermina de Morais da Rocha, mãe-de-santo em Salvador, Bahia, em janeiro de 1985. O jornal A Tarde trouxe na época: "Mãe Guilhermina confessa que uma restauração em sua boca se transformou em ouro, da noite para o dia, atribuindo o milagre a Oxalá e concluiu que 3 dias depois do acontecimento, em Feira de Santana, o pai-de-santo Zé Gomide do centro 7 Caboclos, também recebeu o mesmo fenômeno com 2 dentes inteiros de ouro". O escritos baiano Sérgio Antunes de Ávila afirmou em seu livro "Fenômenos do Mundo Espiritual", à página 57, o seguinte: "Os guias espirituais advertem que não se faça divulgação do aparecimento de jaquetas, obturações e dentes de ouro, fenômeno que está se propagando em vários centros e terreiros da Bahia. Os bons espíritos afirmam que haverá uma ordem de Oxalá, o grande Maitreya de uma Nova Era, para a divulgação do fato, nas proximidades do ano 2.000 quando logo após já estaremos na Era de Aquários. Até lá várias pessoas serão agraciadas com o fenômeno, de maneira especial indivíduos voltados para a espiritualidade, que anseiam por merecedores de dons e milagres do divino. Fiéis de várias religiões serão agraciados com o especial mistério. É a preparação para o reinado do Grande Ser, que dominará o mundo com uma só religião. É o cumprimento da palavra de Jesus: E surgirá um fazendo tão grandes sinais, prodígios e maravilhas, nos fins da era" (Era de Peixes para a de Aquárius). Mas fica a advertência: Esperem a ordem de Oxalá para a sua divulgação, perto do ano 2000, com a chegada do Homem Forte, o Grande Maytreia". O livro de Sérgio Ávila foi editado em 1987. [Maitreya: é o Messias da Nova Era. Este movimento publicou, em 25/04/82, um anúncio de página inteira em jornais de grande circulação, com os seguintes dizeres: "Cristo está agora entre nós. Ele não vem para nos julgar, porém para ajudar a humanidade e para inspirá-la. Ele é Maitreya, o educador do mundo e da nova geração humana, uma pessoa para qual existem diversos nomes: o Messias dos Judeus, o quinto Buda dos Budistas, o Mahdi dos muçulmanos e o Krishna dos Hindus. Agora ele se revelará para nos conduzir a uma nova era. Sua presença nos garante que não haverá uma terceira guerra mundial"]. O fenômeno no seio daquelas igrejas que mencionei no início da carta é a continuação do plano global para a mudança do mundo. Os crentes agraciados com o Dom não devem promover a sua divulgação, aguardem a ordem para a ampla propaganda que será efetuada em todos os lugares, no momento certo. Aqui em Goiânia, temos dezenas de espiritualistas, umbandistas que receberam os dotes de ouro em suas bocas, mas aguardam as ordens superiores para a divulgação. Muito obrigado pela publicação. Sou leitor assíduo do Diário, jornal pelo qual tenho uma apreciação singular.

Parabéns.

Atenciosamente, Firmino Salles de Lima Albuquerque - Pai-de-santo há mais de 20 anos.

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Comentário final:

Que a Igreja possa abrir os olhos para o misticísmo que acaba fazendo com que experiências extra-Bíblicas sejam mais importantes do que o ensino do Evangelho e a prática do mesmo.

Preguemos o Evangelho do Reino genuíno, bíblico e sobrenatural com a direção do Espírito Santo e de acordo com a Bíblia, não por experiências pessoais de pessoas espiritualistas e místicas.

Graça e Paz!

Pr. Ruy Marinho


Há Apóstolos Hoje?



Há Apóstolos Hoje?

Jesus Cristo fundou, estabeleceu e continua a edificar sua Igreja através dos séculos. Dentre os vários dons e ofícios que ele tem distribuído ao seu povo estão aqueles que se referem aos líderes da Igreja. Esses líderes são os oficiais da igreja, capacitados e chamados por Deus, bem como reconhecidos pela congregação, para sua função.

Ofícios Eclesiásticos

Os oficiais da Igreja têm a responsabilidade de guiar o povo de Deus através da liderança pelo exemplo, bem como através do ensinamento da Palavra e dos preceitos de Deus, que alimentam os cristãos espiritualmente. A eles também é conferida a responsabilidade de supervisionar a administração da Igreja. Sua obra é para a edificação da Igreja.

As qualificações requeridas daqueles que são chamados para os ofícios de liderança na Igreja, bem como suas responsabilidades, são encontradas em diversas porções das Escrituras (1 Timóteo 3 é um dos melhores exemplos).

É importante ressaltar que aqueles apontados aos ofícios da Igreja têm dons espirituais que também se encontram, em diferentes graus, nos membros da congregação. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.O Espírito Santo confere seus dons e opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer (1 Co. 12:4-11). Os oficiais da Igreja, entretanto, têm de ter reconhecimento público, ou seja, do povo de Deus, com relação aos seus dons, capacidade, e chamada para as funções de liderança.

O Novo Testamento menciona três ofícios de liderança na Igreja: apóstolos, presbíteros (ou bispos, ou pastores; os três termos são usados nas Escrituras significando o mesmo oficio, cf. Tt. 1:5-7; At. 20: 17; 28) e diáconos. É evidente que as igrejas cristãs têm através dos séculos instituído padrões diferentes de governo eclesiástico, divergindo quanto ao entendimento mais apropriado do modelo bíblico. Historicamente, entretanto, houve um consenso de que o oficio apostólico não mais existe na Igreja.

Alguns cristãos na história recente da Igreja, porém, têm argumentado que não há nenhum versículo bíblico que diga explicitamente que não pode haver apóstolos nos dias de hoje. Algumas igrejas vão até ao ponto de denominar alguns de seus lideres como apóstolos. Muitos cristãos se submetem a tais apóstolos com a idéia de que estão se submetendo a autoridades no mesmo nível dos apóstolo Paulo e Pedro, por exemplo.

Isso obviamente levanta a questão: há apóstolos hoje? É bíblico que igrejas denominem seus líderes apóstolos? É verdade que se alguém negar que possa haver apóstolos hoje, essa pessoa estará negando a validade dos dons do Espírito para hoje, bem como o modelo bíblico de vida e organização eclesiástica?

O primeiro passo para que tais questões sejam respondidas é examinar o conceito bíblico da apostolado, sua função, responsabilidade, e qualificações necessárias.

O Significado da Palavra “Apóstolo”

Existem dois sentidos básicos para o termo “apóstolo”. De um modo mais geral, o termo se refere a qualquer pessoa que seja um enviado ou emissário de Deus através da Igreja para uma obra especial, seja de liderança ou não (e.g., Fl. 2:25). Esse significado provém da correlação entre o substantivo “apóstolo” (ἀπόστολος) e o verbo em grego que significa “enviar” (ἀποστέλλω). Nesse sentido mais geral, não há dificuldade em se aceitar que qualquer pessoa pode ser um apóstolo de Deus. Qualquer pessoa pode ser enviada, por exemplo, por uma igreja para o trabalho missionário, e, nesse sentido amplo, ela é um apóstolo de Deus.

No Novo Testamento, porém, o sentido mais comum da palavra é o sentido técnico e restrito, se referindo a um grupo seleto dos apóstolos de Cristo. A palavra traduzida “apóstolo” (e suas derivações) é encontrada 80 vezes no texto grego do Novo Testamento. Dessas, ela tem esse sentido restrito nada menos do que 73 vezes. O sentido mais amplo de “enviado” ocorre somente 5 vezes (Jo. 13:16; 2 Co. 8:23; Fl. 2:25; At. 14:4 e 14 são duas referências ambíguas); ela se refere uma vez a Jesus Cristo (Hb. 3:1); e, finalmente, há 3 ocorrências que apresentam dificuldades exegéticas, podendo ter tanto o sentido mais amplo como o mais técnico: Rm. 16:7; At. 14:4; 14.

Sendo que não há controvérsia quanto ao sentido mais amplo da palavra (podendo em tese ser aplicada a qualquer pessoa que seja enviada para uma missão, seja um oficial da Igreja ou não), nosso foco aqui é no sentido mais técnico da palavra, ou seja, no ofício do apostolado, que alguns alegam ter nos dias de hoje.

Os Apóstolos e as Escrituras

Essencial para o entendimento do papel dos apóstolos é o fato de que o Novo Testamento foi escrito, pela da inspiração de Deus, por eles e por seus companheiros mais próximos. A eles foi dada, pelo Espírito Santo, a habilidade de se lembrarem precisamente das palavras e ensinamentos de Jesus, para que as ensinassem de maneira verbal e escrita.

Jesus disse aos seus discípulos (mais tarde chamados apóstolos):

“Isto vos tenho dito, estando ainda convosco; mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”. (João 14:25-26)

Por causa disso, os apóstolos consideraram seus escritos explicitamente como sendo do mesmo nível de inspiração e autoridade do Antigo Testamento. Eles tinham consciência de que seus escritos também eram as Escrituras inspiradas de Deus. Eis alguns exemplos:

"para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos," (2 Pedro 3:2)

"Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo." (1 Coríntios 14:37)

"Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes." (1 Tessalonicenses 2:13)

"ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles." (2 Pedro 3:16)

Note que a palavra traduzida “Escrituras” em 2 Pe. 3:16 ocorre 51 vezes no texto grego do Novo Testamento, e ela se refere ao Antigo Testamento (ou seja, não a quaisquer escritos, mas à Palavra de Deus) em todas as ocorrências. Deste modo, Pedro explicitamente coloca as epístolas de Paulo no mesmo nível de autoridade e inspiração do Antigo Testamento.

Os apóstolos, em virtude de seu ofício apostólico, tinham a autoridade para receber a revelação direta das Palavra de Deus e escrevê-las para o uso da Igreja. Isso, na verdade, foi historicamente o primeiro critério para que um documento fosse considerado, na Igreja primitiva, como sendo parte do Novo Testamento.

Que dizer então dos evangelhos de Marcos e Lucas, do livro de Atos, da epístola aos Hebreus e a epístola de Judas? Marcos, Lucas, e Judas (não o Iscariotes) não eram apóstolos, e não se sabe com certeza quem foi o autor da epístola aos Hebreus. Tais livros foram aceitos pela Igreja primitiva porque, além de outros fatores, seus autores eram companheiros próximos dos apóstolos, e escreveram sob sua supervisão. A evidência bíblica e histórica é que Lucas escrevia sob a supervisão de Paulo, e Marcos sob a supervisão de Pedro. Judas era irmão de Jesus. A epístola aos Hebreus era por muitos considerada como sendo de autoria de Paulo, e outros a consideraram como autêntica por refletir claramente os ensinamentos dos apóstolos.

O fato do Novo Testamento ter sido produzido, de uma maneira ou de outra, pelos apóstolos, é de vital importância para o entendimento do apostolado. Os apóstolos foram comissionados diretamente por Jesus para trazerem suas Palavras inspiradas à Igreja. Ninguém tinha o direito de alegar ter autoridade divina para seus escritos se esta pessoa não fosse um apóstolo ou um de seus companheiros. Ninguém, na história subseqüente da Igreja, jamais teve o direito de incluir seus escritos nas Escrituras sagradas, pois o cânon da Bíblia foi completado após a morte de João, o último apóstolo. Isso por si só indica claramente que, se houvesse apóstolos em qualquer época após o período no Novo Testamento, seus escritos poderiam ser incluídos nas Escrituras, e todos os cristãos estariam obrigados a aceitá-los como sendo a Palavra de Deus. Sendo isso impossível, é impossível que haja apóstolos após o primeiro século, muito menos nos dias de hoje.


As Qualificações dos Apóstolos

Havia duas qualificações para o apostolado:


1. O apóstolo tinha de ser testemunha ocular de Jesus ressurreto.

"até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus." (Atos 1:2-3)

Isso foi um dos requerimentos para que o substituto de Judas Iscariotes fosse escolhido:

"É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição." (Atos 1:21-22)

Da mesma maneira:

"Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça." (Atos 4:33)

Paulo, por sua vez, também foi testemunha ocular de Jesus ressurreto:

"Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer." (Atos 9:1-6)

Assim sendo, Paulo faz questão de ressaltar que sua credencial apostólica também era baseada no fato de que ele era testemunha ocular de Jesus ressurreto:

"Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor?" (1 Coríntios 9:1)

"Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus." (1 Coríntios 15:7-9)

Note que Paulo diz que ele foi o último dos apóstolos comissionados por Jesus. Suas palavras foram aqui inspiradas por Deus, e portanto não há a possibilidade que ele estivesse enganado, ou que apenas desconhecesse outros apóstolos comissionados depois dele.

2. O apóstolo tinha de ter recebido sua comissão apostólica diretamente de Jesus.

Os Doze apóstolos originais tinham comissão direta de Jesus:

"E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor. (Lucas 6:13-16; cf. Mt. 10:1-7;" Mc. 3:14)

Por esta razão, quando da apostasia de Judas e da necessidade de que seu ofício fosse preenchido por outro, os apóstolos buscaram a comissão direta de Deus:

"É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição. Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar. E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos." (Atos 1:21-26)

Da mesma maneira, Paulo enfatizou que tinha recebido sua comissão apostólica diretamente de Jesus:

"Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos," (Gálatas 1:1)

"Faço -vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem, porque eu não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo. "(Gálatas 1:11-12)


Quem Eram os Apóstolos?

O número original dos apóstolos, como visto acima, era de 12. Havia significado profético nesse fato, pois seu número correspondia ao número de tribos de Israel. Os 12 apóstolos originais eram a liderança do povo de Deus na Nova Aliança.

Além dos 12, somente duas pessoas são mencionadas explicitamente como sendo apóstolos no Novo Testamento: Paulo (veja acima) e Tiago, o irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém (Gl. 1:19; 2:9). Paulo menciona claramente que Jesus apareceu ressurreto a Tiago (1 Co. 15:7), e sua liderança em Jerusalém evidencia que os apóstolos tinham reconhecido seu comissionamento direto por Jesus. Quanto a Barnabé (At. 14:4; 14), há duas possibilidades. É possível que as referências em At. 14 tenham o sentido mais técnico da palavra. Neste caso, considerando-se todos os dados acima, e a maneira altamente seletiva na qual o Novo Testamento intitula uma pessoa como apóstolo, se o texto indica que Barnabé era apóstolo no sentido mais restrito pode-se deduzir que ele também possuía as mesmas qualificações dos demais apóstolos. É mais provável, porém, que o sentido da palavra em At. 14 é o mais amplo, já que Paulo e Barnabé tinham sido enviados para uma missão pela igreja em Antioquia, à qual deveriam prestar contas quando completassem a determinada obra (cf. At. 14:27).

Não é impossível que houvesse outros indivíduos que pudessem ter sido considerados apóstolos no primeiro século. Os dados acima estabelecem, contudo, dois pontos principais: em primeiro lugar, mesmo se houvesse outros apóstolos, eles eram com certeza um grupo seleto (pois poucos tinham as duas qualificações necessárias para o oficio) do qual Paulo foi o último membro comissionado (1 Co. 15:8). Isso por si só exclui a possibilidade de haver qualquer apóstolo comissionado por Deus após Paulo. Ninguém pode, após o primeiro século, alegar ter recebido um comissionamento direto de Jesus, através de uma visão ou revelação, para o ofício do apostolado. Deus não contradiz a sua própria Palavra.

Segundo, nenhuma pessoa que não tivesse recebido diretamente de Jesus a autoridade para escrever a Palavra de Deus pela inspiração do Espírito Santo, ou recebido tal comissionamento por um dos apóstolos, não podia ser considerado apóstolo. Tal fato é corroborado não só pela evidência bíblica, mas também pela história da Igreja no processo de reconhecimento do cânon. Isto significa que, estando o número de livros da Bíblia completo, a Palavra de Deus tendo sido por Ele mesmo produzida e preservada por dois mil anos, não é possível que haja apóstolos após a completude do cânon no primeiro século.

O Papel dos Apóstolos na Igreja

Paulo, sob a inspiração do Espírito Santo, nos diz que os apóstolos tiveram um papel definido no plano de Deus para a edificação de sua Igreja. Ele diz aos Efésios que os apóstolos e profetas foram o fundamento da Igreja:

"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;" (Efésios 2:19-20)

Da mesma maneira, o apóstolo João descreve o edifício da Igreja de Deus glorificada tendo os apóstolos como fundamento:

"Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro." (Apocalipse 21:9-14)

Conclusão

Podemos concluir que a evidência bíblica descarta a possibilidade de que possa haver apóstolos após a primeira geração da Igreja no primeiro século. Como conseqüência, certamente não há apóstolos nos dias de hoje. Os apóstolos eram um grupo seleto de testemunhas oculares de Jesus ressurreto, comissionados pelo próprio Jesus. Somente eles tinham a autoridade para escrever e/ou supervisionar a redação das Escrituras.

O cânon da Palavra de Deus, estando completo, não pode ser expandido por nenhum documento, e portanto, não há nenhum apóstolo moderno que tenha tal autoridade. Ao mesmo tempo, nenhuma pessoa que não tenha essa autoridade pode ser considerada um apóstolo. Deus não mais confere revelações infalíveis a ninguém. As revelações infalíveis de Deus se encontram exclusivamente no cânon completo das Escrituras.

É importante salientar que o ministério dos apóstolos continua na Igreja hoje – não em pessoas que se denominam apóstolos, mas no Novo Testamento. Cada vez que a Palavra de Deus no Novo Testamento é lida e proclamada, o ministério apostólico cumpre o seu papel. Os apóstolos do primeiro século vivem hoje na Igreja através da Palavra nos dada por Deus por intermédio deles.

Segundo a Palavra de Deus, Paulo foi o último apóstolo. Os únicos ofícios que permanecem na Igreja (ainda que haja diversos ministérios) são os de pastor (ou presbítero, ou bispo – os três termos significando o mesmo ofício no Novo Testamento) e de diácono.

Autor: Marcelo Parga de Souza
(extraído do site www.agirbrasil.org)


Para finalizar:

Ha mais de duzentos anos o mormonismo vem pregando uma “restauração” da igreja primitiva composta por Profetas, Apóstolos etc. Nesses últimos tempos uma doutrina parecida tem sido divulgada no Brasil por igrejas evangélicas em especial as adeptas do G12. Vale lembrar, que há séculos a Igreja Romana prega a doutrina da sucessão apostólica, tendo o Papa como sucessor de Pedro. O texto base de tais igrejas, normalmente é Ef.4.11, tirado de seu contexto. Jesus escolheu doze apóstolos, dos quais Judas Iscariotes se suicidou, ficando 11. Depois Matias foi acolhido apóstolo para ser junto com os onze testemunha da ressurreição do Senhor (At.1.21-26), posteriormente Paulo, foi chamado pelo próprio Senhor para ser apóstolo e mesmo assim se considerava um abortivo, como nascido fora de tempo por ter sido o ultimo a ver o Senhor (1 Cor.15.7-9). Se a instituição de apóstolos na igreja fosse algo necessário até a vinda do Senhor, Paulo não teria razão para fazer tal afirmação. Depois que morreu o ultimo apóstolo, nunca mais ninguém na igreja primitiva foi reconhecido ou ordenado Apóstolo.

Graça e Paz!

Ruy Marinho

Refutações para acusações da Biblia



Graça e paz amados.

Durante algum tempo venho me deparado com alguns céticos ateus questionando sobre possíveis contradições na Biblia. É triste como os mesmos sem conhecer fazem tais acusações e, a estratégia é sempre a mesma, geralmente é pego um texto isolado da Biblia para a formulação de tais acusações.

Por isso estarei colocando aqui neste tópico as principais acusações e as refutações das mesmas para defender a Palavra de Deus.

Com certeza poderá ser útil para respondermos com mansidão aos mesmos e provar que eles estão equivocados.

Deveriamos matar?

Ex 20:13 “Não matarás.

Compare com:

Ex. 32:27 “aos quais disse: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho.”

Veja também I Sam 6:19; 15:2,3; Num 15:36

Refutação

Antes de mais nada os “10 mandamentos” foram direcionados para o “povo de Israel” . O nosso Deus não é Deus de confusão (I Coríntios 14:33), entretanto, existem fatores que são compreendidos dentro do contexto moral e ético que envolve a natureza de Deus. Por exemplo, seria Deus contraditório em mandar matar várias pessoas Êxodo 32:27, após ter dado o sexto mandamento de “não matarás”? Não, Deus não é Deus de confusão, mas em tudo teve um propósito segundo sua magnífica sapiência. Deus é justiça também. E o povo de Israel tinha se desviado dos mandamentos de Deus. Qualquer um que ler Êxodo 32 vai saber o motivo da ira de Deus.

Outra coisa: Uma grande confusão tem surgido por causa da incorreta tradução do “sexto mandamento”, que assim dá a entender o que de fato não foi comandado por Deus. A palavra hebraica usada na proibição deste mandamento não é a palavra usual para “matar” ( harag). A palavra usada é o termo específico para “assassinar” (ratsach). Uma tradução mais adequada desde mandamento seria: “não assassinarás”. Ora, Êxodo 21:12 por exemplo, diz que Deus ordenou que os assassinos fossem mortos. Não é um mandamento para que se assassine alguém, mas é um mandamento para se aplicar a pena capital no caso desse crime capital. Não há contradição alguma entre o mandamento que diz que as pessoas não devem cometer o crime do assassinato e o mandamento que diz que as autoridades estabelecidas devem executar a pena capital no caso desse tipo de crime.

Portanto, Deus é um Deus de amor e misericórdia, mas também é um Deus de Justiça. A Bíblia diz que “de Deus não se zomba, aquilo que o homem semear, isto também seifará.” Gl 6:7

Deveriamos dizer mentiras?

Ex 20:16 “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” (Prov 12:22; Apoc 21:8)

Compare com:

I Reis 22:23 “Eis que o Senhor pos o espirito mentiroso na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o que é mau contra ti.” Veja também II Tess 2:11, Jos 2:4-6 com Tiago 2:25.

Refutação

Vários fatores devem ser considerados para entendermos esta situação. 1°: trata-se de uma visão. Como tal, é uma visão de uma cena no céu, que procura explicar a autoridade soberana de Deus com imagens de sua posição como rei. 2°: Toda a encenação disso representa Deus com a ampla autoridade que ele possui, de forma que até mesmo os espíritos malignos aparecem como estando sujeitos ao controle final de Deus. 3°: O Deus da Bíblia, em contraste com o deuses das religiões pagãs, soberanamente está no controle de todas as coisas, inclusive das forças malignas que ele usa para realizar os seus bons propósitos (Jó 1:3). 4°: A Biblia às vezes fala de Deus “endurecer” o coração das pessoas ou ainda enviar-lhes a “operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Ts 2:11). Entretanto, examinando com mais cuidado o texto, descobrimos que Deus agiu assim somente nas pessoas que por si mesmas tinham endurecido o seu coração (Ex 8:15) e que não haviam dado “crédito à verdade” (2 Ts 2:12.

Para resumir: Deus não está “aprovando” a mentira. Ele simplesmente a está “utilizando” para cumprir seus propósitos. Deus não está “promovendo” a mentira, mas “permitindo” que ela venha trazer juízo sobre o mal. Isto significa que o Senhor, visando os seus propósitos de justiça, permitiu que Acabe fosse enganado por um espírito maligno, por meio do qual Deus sabia, segundo a sua onisciência, que a sua soberana e boa vontade acabaria sendo realizada.

Deveriamos roubar?

Ex 20:15 “Não furtarás”

Compare com:

Ex 3:22 “...e despojareis dos Egipcios.” (Ex 12:35-36; Lucas 19: 29-33

Refutação

Primeiro: Afirmar que Deus ordenou que eles despojassem os egípsios é não perceber o bem o que o texto diz. Na verdade, Deus ordenou que os Hebreus “pedissem” aos egípsios diversos bens de valor, e ele lhes daria favor aos olhos dos egípcios. Assim, pedindo aos egípcios, eles não estavam despojando. Despojar ou saquear, nessa situação, significaria tomar as possessões deles por meio da força. Mas por terem os hebreus pedido, e os egípcios dado voluntariamente, sem serem forçados, o efeito seria o mesmo “que se” estes tivessem sido despojados.

Segundo: O termo usado nesta passagem não é a palavra usual para “despojar”, mas indica a entrega de alguma coisa ou de alguém. Esse termo foi usado aqui em sentido figurado. Foi Deus que venceu os egípcios, e agora o seu povo é que despojaria o inimigo derrotado. Entretanto, esse inimigo derrotado se dispôs a entregar o despojo da vitória ao povo hebreu, que se libertava.

Terceiro: Mesmo que fosse tomado de forma literal, os presentes dados aos israelitas não poderiam ser considerados como algo injusto, se for levado em conta que o povo de israel permanecera como escravo por vários séculos. Foi uma pequena compensação pelo tempo de trabalho escravo no Egito.

Deveriamos guardar o Sabado?

Ex 20: 8 “Lembra-te to dia do Sabado, para o santificar.” (Ex 31:15; Num 15:32,36)

Compare com:

Is 1:13 “Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as luas novas, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene.” (João 5:16; Mat 12:1-5)

Refutação

Sobre o sábado não vou comentar, e sim sobre a explicação de Isaias 1:13

Novamente cito a necessidade de se analisar o contexto.

Os profetas posteriores à Moisés não repudiaram o sistema de sacrifícios do A.T. - eles só esclareceram que Deus não desejava que eles fossem observados apenas “exteriormente”, mas que houvesse obediência “interior”. Isso é claro em razão de três linhas de evidência:

1°: Deus expressou aprovação aos sacrifícios que foram oferecidos, mesmo durante os períodos em que os versículos acima citados foram escritos, e que erroneamente são entendidos como expressões da desaprovação de Deus aos sacrifícios. Por exemplo, Salomão ofereceu milhares de sacrifícios em holocausto ao Senhor, os quais Deus aceitou, Josias manifestou sua obediência à Lei de Moisés comendo o cordeiro pascal (2 Rs 23:21-23). Outros bons reis ofereceram holocaustos, que foram aceitos por Deus (2 Rs 16:15, 2 Cr 29:18). Mesmo depois do cativeiro, no fim do A.T., sacrifícios eram oferecidos no tempo de Esdras e Neemias, os quais eram aceitos por Deus.

2°: Até mesmo esses profetas que vieram depois de Moisés ofereceram, eles mesmos, sacrifícios e/ou incentivaram outros a faze-lo. (1 Sm 7:9, 1 Rs 18:38, Joel 1:9-13, Sf 3:10, Ez 40:38, Sl 51:19).

3°: Os versículos que parecem falar contra os sacrifícios e as ofertas não os condenam “como tais”, mas somente condenam as “maneiras vãs” pelas quais eles estavam sendo oferecidos. Foi o “ritual não verdadeiro” o que Deus condenou. Eles tinham “forma de piedade, negando-lhe, entretanto o poder” (2 Tm 3:5). É evidente que esse é o significado destes versículos pelos seguintes fatos: (1) Como acabamos de observar, nos mesmos períodos Deus estava aceitando sacrifícios oferecidos de coração. (2) Também, como observado, até mesmo os próprios profetas ofereceram sacrifícios ao Senhor. (3) O profeta Samuel, que foi um dos que se manifestou de forma condenatória (1 Sm 16:2-5) ofereceu um sacrifício ao Senhor logo no capítulo seguinte. (4) As próprias palavras de tais condenações dão a entender que Deus não estava contra os sacrifícios em si. Por exemplo, o profeta Samuel: disse: “Eis que o obedecer é “melhor do que” o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Sm 15:22). Está claro que não se trata de uma condenação dos sacrifícios e do sábado, mas dos sacrifícios sem um coração obediente.

Deveriamos fazer imagens de escultura?

Ex 20:4 “Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos cues, nem embaixo da terra, nem nas aguas debaixo da terra.” (Lev 26:1)

Compare com:

Ex 25:18 “Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.”

Refutação

Essa é bem fácil...qualquer criança sabe disso na Escolinha Bíblica.

A proibição de se fazer imagens de escultura foi especificamente determinada no contexto da “adoração a ídolos”. Há, então, várias razões pelas quais fazer um querubim não conflita com o mandamento de não se curvar diante de imagens esculpidas. 1°: não havia “santos”, já que as pessoas eram “proibidas” de entrar naquele lugar a qualquer tempo. Até mesmo o sumo sacerdote ia ao Santo dos Santos somente uma vez por ano, no Dia da Expiação (Lv 16).

Além disso, a proibição não é de se fazer qualquer imagem de escultura para fins decorativos, mas de fazer imagens para qualquer tipo de “adoração religiosa”. Em outras palavras, a ordem era para não adorar nenhum outro Deus nem imagem de qualquer deus. Aqueles querubins não foram dados a Israel como imagens de Deus, mas de anjos. Nem foram dados para serem adorados. Daí a conclusão de que não já como a ordem de fabricá-los possa violar o mandamento de Êxodo 20.

Finalmente, a proibição em Êxodo 20 não foi contra a arte religiosa como tal, o que inclui coisas no céu (anjos) e na terra (homens e animais). Ela foi “contra” o uso de qualquer imagem como ídolo. Que se pode depreender que o texto tinha em mente a idolatria é evidente, pelo fato de haver a instrução: “não te encurvarás a elas, nem as servirás” (Ex 20:5). A distinção entre o uso não-religioso e o uso religioso de imagens é importante.

Até mesmo a linguagem utilizada para referir-se a Deus na Bíblia contém imagens. Ele tanto é pastor como pai. Mas essas duas imagens qualificam-no de forma apropriada. Deus não é simplesmente um pai qualquer. Ele é o nosso Pai Celestial. De igual modo, Jesus não é um mero pastor, mas o Bom Pastor, que deu a sua vida por suas ovelhas (Jô 10:11). Nenhuma imagem finita, sem qualificação, pode ser aplicada apropriadamente ao Deus infinito. Fazer isso é idolatria. E ídolos são ídolos, quer sejam mentais ou de metais.

Somos salvos pelas obras?

Ef 2:8,9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie.”

Compare com:

Tiago 2:24 “Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente.” (Mat 19:16-21) (Tiago 2:14-20)

Refutação

Somos salvos pela graça de Deus, a salvação pertence a Deus e não as nossas obras.

Tiago e Paulo estariam em contradição se estivessem falando caso da mesma coisa, mas há várias indicações no texto de que não foi este o caso. Paulo está falando da “justificação perante Deus”, ao passo que Tiago está falando da “justificação perante os homens”. Isso se evidencia pelo fato de que Tiago enfatiza que devemos “mostrar” (2:18) a nossa fé. Tem de ser algo que possa ser visto pelos outros em “obras” (2:18:20).

Tiago reconheceu que Abraão foi justificado perante Deus pela fé, não por obras, ao dizer: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça” (Tg 2:23). Quando ele acrescenta que Abraão foi justificado “por obras” (vs 21), ele está falando do que Abraão “fez que podia ser visto pelas pessoas”. Ou seja, do oferecimento de seu filho Isaque no altar (Tg 2:21-22).

Paulo, por sua vez, está destacando a “raiz’ da justificação (a fé), enquanto Tiago está destacando o “fruto” da justificação (as obras). Ambos, porém, reconhecem essas duas coisas. Logo depois de afirmar que somos “salvos pela graça, mediante fé” (Ef 2:8-9), Paulo rapidamente acrescenta: “somos feitura dele, criados em Cristo Jesis para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2:10). De igual modo, logo depois de declarar que “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou” (Tt 3:5-7), Paulo compele “os que têm crido em Deus [que] sejam solícitos na prática de boas obras” (Tt 3:8).

As boas obras deveriam ser vistas?

Mat 5:16 “Assim brilhe tambem a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que estas nos ceus.” (I Pedro 2:12)

Compare com:

Mat 6:1-4 “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste. Quando, pois deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipocritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu porém, ao dares a esmola, ignora a tua esquerda o que faz a sua direita; para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai que ve em secreto, te recompensará.” (Mat 23:5)

Refutação

Em Mateus 5:13 Jesus nos diz que nós somos o “sal da terra”, no verso 14 diz que somos “a luz do mundo”. E no verso 16 Jesus diz que pelo fato de sermos sal da terra e luz do mundo, temos que, através de um bom testemunho nas nossas obras possamos “fazer a diferença” e glorificar ao nosso Pai com um procedimento correto, íntegro e Cristão. Esse é a nossa responsabilidade como Cristão, resplandecer a luz perante as pessoas.

Já em Mateus 6 Jesus está dizendo sobre “dar esmolas”. Muitas pessoas, tanto naquela época, como nos dias de hoje gostam de “aparecer” ajudando os pobres, basta ver estes programas que temos na televisão uma vez por ano, criança esperança, teleton, entre outros... muitos “adoram parecer pessoas de coração bom” perante a sociedade, pessoas “orgulhosas de si própria”. Era neste sentido que Jesus estava falando.

Portanto, nenhuma contradição.

Deveriamos possuir escravos?

Lev 25:45-46 “ Quanto aos escravos ou escravas que tiverdes, virão das nações ao vosso derredor; delas comprareis escravos e escravas. Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas familias que estiverem convosco, que nasceram na vossa terra; e vos serão por possessão. Deixa-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, deles e das suas familias que estiverem convosco, que nasceram na vossa terra; e vos serão por possessão.” (Gen 9:25; Ex 21:2,7; Joel 3:8; Lucas 12:47; Col 3:22)

Compare com

Isaias 58:6 “ Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?”

Refutação

Levítico 25:45-46 nada tem de ligação com o que está escrito em isaias 58:6

Em isaias a conotação da oração do profeta é “espiritual”.

A escravidão não é ética nem bíblica, Deus não aprova essa degradante forma de tratamento. De fato, foi a aplicação dos princípios bíblicos que acabaram derrotando a escravidão. Alguns fatos de importância deveriam ser observados a respeito disso.

1°: Desde o começo Deus declarou que todos os seres humanos foram feitos à imagem de Deus (Gn 1:27). Somos geração de Deus (At 17:29) e “ de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra” (At 17:26).

2°: A despeito do fato de que a escravidão era sustentada nas culturas semíticas de então, a lei exigia que os escravos um dia fossem postos em liberdade (Ex 21:2, Lv 25:40). De igual forma, os servos deviam ser tratados com respeito (Ex 21:20-26).

3°: Israel, que tinha estado sob escravidão no Egito, constantemente era lembrado disso por Deus (Dt 5:15), e sua emancipação tornou-se o modelo para a libertação de todos os escravos (Lv 25:40.

4°: No N.T., Paulo declarou que no cristianismo “não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3:28). Todas as classes sociais deixaram de existir em Cristo, todos somos iguais perante Deus.

5°: O N.T. proíbe explicitamente o sistema maligno deste mundo, que comercializou “corpos e almas humanas” (Ap 18:13). O comércio de escravos é algo tão repugnante para Deus, que ele profere o seu julgamento final sobre o sistema maligno que o perpetrou (Ap 17:18).

Quantos filhos teve Mical, filha de Saul?

II Sam 6:23 “Mical, filha de Saul, não teve filhos, até ao dia da sua morte.”

Compare com:

II Sam 21:8 “ Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Mical , filha de Saul, que tivera de Adriel, Filho de Barzilai, meolatita;”

Refutação

Quando é citado através desta tradução “5 filhos de Mical” não é de Mical os filhos e sim de “Merabe”, irmã mais velha de Mical, ambas filhas de Saul. Sabemos que Mical não podia ter filhos. O que ocorre é que algumas versões de traduções houve um pequeno erro de copista, mas nada que comprometa o texto em questão. Até porque a grande esmagadora quantidade de demais traduções da Bíblia está correto esta sentença.

Segue o versículo da maneira correta de 2 Sm 21:8

(Bíblia - Versão Almeida - Revista e Atualizada)

”Porém, tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aia, que tinha tido de Saul, a saber, a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita”.

(Bíblia - Versão Almeida - Revista e Corrigida)

“Mas tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha da Aiá, que tinha tido de Saul, a Armoni e a Mefibosete; como também os cinco filhos da irmã de Mical, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita,”

(Bíblia – Original hebraico)

וַיִּקַּח הַמֶּלֶךְ אֶתשְׁ־נֵי בְּנֵי רִצְפָּה בַת־אַיָּה אֲשֶׁר יָלְדָה לְשָׁאוּל אֶת־אַרְמֹנִי וְאֶת־מְפִבֹשֶׁת וְאֶת־חֲמֵשֶׁת בְּנֵי מִיכַל בַּת־שָׁאוּל אֲשֶׁר יָלְדָה לְעַדְרִיאֵל בֶּן־בַּרְזִלַּי הַמְּחֹלָתִֽי׃

(Bíblia – Versão Grega)

Ελαβε δε ο βασιλευς τους δυο υιους της Ρεσφα, θυγατρος του Αια, τους οποιους εγεννησεν εις τον Σαουλ, τον Αρμονει και Μεμφιβοσθε· και τους πεντε υιους της Μιχαλ, θυγατρος του Σαουλ, τους οποιους εγεννησεν εις τον Αδριηλ, υιον του Βαρζελλαι του Μεωλαθιτου·

(Bíblia – versão King James – Inglês)

But the king took the two children of Rizpa, son of Aías, that it has of Saul, namely, the Armoni and the Mefibosete, as well as the five children of Merabe, son of Saul, who it has of Adriel, son of Barzilai, meolatita,

Portanto, não há contradição. Dependendo da tradução pode haver um erro de copista.

Quantos homens Josabe-Bassebete matou?

II Sam 23:8 “São estes os nomes dos valentes de Davi: Josabe-Bassebete, filho de Taquemoni, o principal de tres, este brandiu a sua lança contra oitocentos, e os feriu de um vez.

Compare com:

I Cron 11:11 “Eis a lista dos valentes de Davi: Jasobeão, hacmonita, o principal dos trinta, o qual, brandindo a sua lança contra trezentos, duma vez os feriu.

Refutação

Josabe-Bassebete matou 800 homens, conforme a Bíblia nos diz em 2 Sm 23:8

Jasobeão matou 300 homens, conforme a Bíblia nos diz em 1 Cr 11:11

Como podemos ver, esta acusação diz que em 1 Cr 11:11, quando diz o nome “Jasobeão” se refere à Josabe-Bassebete, ou seja, são a mesma pessoa.

Mas, apesar de ser duas passagens sobre os valentes de Davi, Josabe-Bassebete e Jasobeão são pessoas diferentes, Josabe-Bassebete era filho de Taquemoni (2 Sm 23:8) enquanto Jasobeão era filho de Zabdiel (1 Cr 27:2).

Os mesmos faziam parte dos valentes de Davi e ambos eram “chefe dos capitães”. Vale lembrar que 2 Sm 23:8 e 1 Crônicas 11:11, apesar de citar os valentes de Davi, não é uma descrição idêntica.

Portanto, cai por terra qualquer possibilidade de contradição.

Onde estão estes livros? Por que ele não fazem parte da Biblia?

Livro do Convenio, veja esta Exodus 24:7
Livro das Guerras do Senhor, veja Numeros 21:14
Livro dos Justos, veja Josue 10:13 e II Samuel 1:18
Livro dos Atos de Salomão, veja I Reis 11:41
Livros de Natã e Gade, veja I Cronicas 29:29
Livros de Aias e Ido, veja II Cronicas 9:29
Livro de Semaias, veja II Cronicas 12:15
Livro de Jeú, veja II Cronicas 20:34
Livro de Uzias, veja II Cronicas 26:22
Livro de Hozai, veja II Cronicas 33:19
Uma outra Epistola anterior de Paulo aos Corintios, veja I Corintios 5:9
Uma outra Epistola anterior de Paulo aos Efesios, veja Efesios 3:3
Uma outra Epistola de Paulo em Laodiceia, veja Colossenses 4:16
Profecias de Enoque, veja Judas 14

Resposta

O fato desses livros serem citados na Bíblia não indica que os mesmos “são inspirados”, se não estariam o livro de forma “integral” na Bíblia.

Eles são citados não por serem “inspirados” mas simplesmente “como sendo uma verdade”. Toda verdade é uma verdade de Deus, não importa quem a tenha dito. Caifás, o sumo sacerdote judeu, proferiu uma verdade acerca de Cristo (Jo 11:49).

A Bíblia usa com freqüência fontes “não inspiradas” ( Nm 21:14, Js 10:13, 1 Rs 15:31). Por três vezes Paulo cita pensadores não cristãos (At 17:28, 1 Co 15:33, Tt 1:12). Judas refere-se a verdades encontradas em livros não canônicos (Jd 9:14. A Bíblia, porém, nunca faz tais citações como tendo autoridade da parte de Deus, mas simplesmente por conterem a verdade que é citada.

As frases usuais, tais como “assim disse o Senhor” (Is 7:7, Jr. 2:5) ou “está escrito” (Mt 4:4, 7, 10) nunca são encontradas quando há citações dessas fontes não inspiradas na Bíblia. Não obstante, a verdade é verdade, onde quer que seja encontrada. E não há razão alguma, portanto, para que um autor bíblico, por direção do Espírito Santo, não possa utilizar uma verdade seja de quem for.

Mas, o fato permance, estes Livros não estão disponiveis hoje.

E eram de certa relevância escrituristica, pois profetas e apostolos fizeram menção deles. O que é uma clara indicação de que a Biblia não contém tudo o que Deus revelou ao homem.E Interessante notar que estes são livros que sabemos existir por terem sidos mencionados na Biblia. Quantos outros podem existir, os quais nem temos conhecimento a respeito? João 21:25 apoia este argumento.

Refutação:

Claro que a Bíblia Contém tudo o que Deus revelou ao homem... em se tratando de “palavra de Deus” somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Temos argumentos históricos e teológicos sobre a autenticidade da mesma, apesar de várias perseguições que a Bíblia teve no decorrer da história, Deus sempre utilizou meios para preservar os originais.

Se estudarmos mais profundamente “Bibliologia” e “História da Igreja” iremos verificar que desde a igreja primitiva “os originais” foram preservados. Portanto esta possibilidade é descartada. É preciso estudar também sobre os critérios Canônicos para se reconhecer um livro “inspirado por Deus”.

Como já expliquei em uma das refutações acima, vou explicar novamente:

O fato desses livros serem citados na Bíblia não indica que os mesmos “são inspirados”, se não estariam o livro de forma “integral” na Bíblia.

Eles são citados não por serem “inspirados” mas simplesmente “como sendo uma verdade”. Toda verdade é uma verdade de Deus, não importa quem a tenha dito. Caifás, o sumo sacerdote judeu, proferiu uma verdade acerca de Cristo (Jo 11:49).

A Bíblia usa com freqüência fontes “não inspiradas” ( Nm 21:14, Js 10:13, 1 Rs 15:31). Por três vezes Paulo cita pensadores não cristãos (At 17:28, 1 Co 15:33, Tt 1:12). Judas refere-se a verdades encontradas em livros não canônicos (Jd 9:14. A Bíblia, porém, nunca faz tais citações como tendo autoridade da parte de Deus, mas simplesmente por conterem a verdade que é citada.

As frases usuais, tais como “assim disse o Senhor” (Is 7:7, Jr. 2:5) ou “está escrito” (Mt 4:4, 7, 10) nunca são encontradas quando há citações dessas fontes não inspiradas na Bíblia. Não obstante, a verdade é verdade, onde quer que seja encontrada. E não há razão alguma, portanto, para que um autor bíblico, por direção do Espírito Santo, não possa utilizar uma verdade seja de quem for.

Personalidade de Moises

Num 12:3 “Era o varão Moises mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. “

Compare com:

Num 31:14, 17-18 “Agora, pois, matai de entre as crianças todas as do sexo masculino; e matai toda mulher que coabitou com algum homem; deitando-se com ele. Porém todas as meninas, e as jovens que não coabitarem com algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vos outros.“

Refutação

De acordo com o registro dos acontecimentos em números 31, moisés comandou os israelitas para que destruíssem totalmente os midianitas. O versículo 8 declara que eles mataram todo midianita homem. O versículo 9 registra que eles levaram presas as mulheres e as crianças, e o versículo 10 afirma que os israelitas queimaram todas as cidades e acampamentos dos midianitas. Ainda, no versículo 17, Moisés ordenou ao povo que matasse todo menino midianita e toda mulher midianita que tivesse coabitado com algum homem, deixando com vida apenas as meninas e as moças virgens. Como tal destruição pode ser moralmente justificada, já que “Era o varão Moises mui manso” (Nm 12:3) ?

Resposta: Em primeiro lugar, lembremo-nos de que os midianitas foram os que corromperam o povo de Deus, levando-o à idolatria em Baal-Peor, o que resultou na morte de 24.000 Israelitas com a praga que se seguiu (Nm 25:9). Era necessário eliminar totalmente essa má influência sobre Israel.

Além disso, não foi sob a autoridade de Moisés que Israel executou tal destruição. Antes, foi sob o “comando direto de Deus”. O versículo 2 registra a ordem dada por Deus a Moisés para que ele levasse a cabo a vingança do Senhor sobre os Midianitas. A natureza abominável da influência que os midianitas tinham sobre Israel em leva-los à idolatria merecia o juízo destruidor de Deus, que tratou decididamente e com severidade esse câncer.

A justificativa moral para tal ação encontra-se no fato de que Deus tem o direito de dar e de tomar a vida. Como o salário do pecado é a morte, e como os midianitas envolveram-se num terrível pecado, eles apenas colheram as conseqüências da vingança de Deus sobre eles.

Deus se arrepende?

Genesis 6:6: “Entao se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isto lhe pesou no coração.

Compare com:

Numeros 23:19 “Deus não é homem, para que se minta, nem filho do homem para que se arrependa...”

Refutação

Gênesis 6.5 fala da tristeza de Deus quanto à má índole do homem. É uma figura de linguagem chamada antropopática para facilitar o entendimento humano. O que o texto está indicando é que Deus se contristou pela desobediência do homem, e não que Ele, o Senhor, tivesse se arrependido de sua criação, ou, então, que houvesse cometido algum erro. Em Números 23.19, vemos que a palavra de Deus é fiel e, ao contrário da dos homens, se cumpre. Numa terceira passagem, Jeremias 18.7-10, lemos: "se a tal nação... se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe". Não se trata, obviamente, do caso de Deus se arrepender de algum erro que tenha cometido, mas da supressão do castigo anunciado por Ele. Deus não erra, logo, seu "arrependimento" não é como o nosso. O soberano e imutável Deus sabe lidar apropriadamente com as mudanças no comportamento humano. Quando os homens pecam e se arrependem de seus pecados, Deus "muda seu pensamento". O Senhor abençoa ou puni o homem, ou, se for o caso, uma nação inteira, de acordo com a nova situação (Êx 32.12,14; 1Sm 15.11; 2 Sm 24.16; Jr 18.11; Am 7.3-6).

Deus pode ser visto?

'Porque agora vemos como em espelho obscuramente, então veremos FACE A FACE; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido´ (1 Co 13:12)"

Observe os versículos abaixo onde é afirmado que Deus aparece FACE A FACE:

Nm 14:14 - E o dirão aos moradores desta terra, que ouviram que tu, ó SENHOR, estás no meio deste povo, que FACE A FACE, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre eles e que vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia e numa coluna de fogo de noite.

Dt 5:4 - FACE A FACE o SENHOR falou conosco, no monte, do meio do fogo

Dt 34:10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera FACE A FACE;

Ora, aparecer FACE A FACE não significa aparecer frente a frente? Esse versículos não contradizem sua afirmação e outras afirmações da Bíblia? O que vc entende por "aparecer FACE A FACE"?

Resposta:

O rosto de Deus pode ser visto ou não?

Encontramos alguns textos bíblicos que nos dizem que Moisés falou face a face com Deus. Contudo, Deus declarou a Moisés que homem nenhum verá a minha face, e viverá (Êx 33.20). Como conciliar essas duas passagens?

O texto tem sido interpretado também para afirmar que Deus tem corpo físico. É necessário saber o que realmente o texto está desejando transmitir. Falar face a face indica que os dois, Deus e o homem, são físicos ou teria outras implicações? A frase face a face denota intimidade, falar a um amigo, diretamente, sem intermediários. É esta a intenção do texto: demonstrar a familiaridade que Moisés tinha com Deus. Tal familiaridade era fundamental para sua liderança ante o povo israelita. Em outras ocasiões, demonstrava a certeza das promessas divinas, como a referência a Jacó, em Gn 32.30 (1) , onde Deus teria falado face a face com Jacó, o que resultou em sua salvação. Contudo, a essência ou plenitude de Deus jamais pode ser vista pelo homem mortal (1 Tm 6.16). Dizer que ninguém viu a Deus expressa a incapacidade de a criatura humana de conhecer a Deus em sua plena natureza divina. O Senhor Deus é um ser espiritual e infinito. Por outro lado, Deus somente pode ser conhecido por intermédio de seu Filho, Jesus Cristo (Jo 1.18).

Somos deuses iguais à Deus?

Com certeza, Adão e Eva se tornaram conhecedores do bem e do mal e nós todos somos conhecedores do bem e do mal. Assim temos o poder de fazer o bem ou o mal. Leia Gen 3:22 “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedores do bem e do mal...”

Refutação

Genesis 3:5 – O homem foi feito como Deus ou tornou-se como Deus?

Gênesis 1:27 diz que ”criou Deus...o homem à sua imagem”. Mas em Gênesis 3:22 diz: ”O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”. O primeiro versículo dá a entender que o ser humano foi “criado” como Deus é, e o segundo parece afirmar que ele “tornou-se” igual a Deus.

Estas duas passagens estão abordando duas coisas diferentes. Gênesis 1 está falando de uma virtude humana por “criação”, ao passo que Gênesis 3 está se referindo ao que o homem obteve por “aquisição”. A primeira passagem refere-se a Adão e Eva “antes” da queda, e a segunda refere-se a eles depois da queda. A primeira tem que ver com a “natureza” deles e a segunda, com o seu “estado”. Pela criação Adão não era conhecedor do bem e do mal. Uma vez tendo pecado, porém, ele conheceu o bem e o mal. Quando essas diferenças são compreendidas, não há conflito algum, não ocorre nenhuma dificuldade de interpretação destes textos.


Não foi somente Satanás que disse que podemos ser deuses, pois o proprio Cristo disse a mesma coisa.

Veja Salmos 82:6 Em outras palavras, se somos filhos do Altissimo, então podemos ser deuses também. Filhos normalmente se tornam como seus pais. Filho de gato, gato é, filho de leão leão é e filho de Deus, deus é. Ele reiterou o que disse antes em João 10:34

Refutação

João 10:34 - Jesus advogou que o homem pode tornar-se Deus?

Jesus respondeu a um grupo de judeus e disse: “Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois Deuses?”. Isso quer dizer então que os seres humanos podem tornar-se Deus, tal como as religiões panteístas e da Nova Era ensinam?

Resposta:

O contexto dessa passagem revela que Cristo tinha acabado de se declarar um com o Pai, dizendo: ”Eu e o Pai somos um” Jo 10:30

Os Judeus quiseram apedreja-lo porque pensaram que Jesus estava blasfemando, já que ele estava se fazendo igual a Deus (vs 31-33). Jesus respondeu citando o salmo 82:6, que diz: ”Eu disse: sois deuses”. Esse salmos dirige-se a juízes que estão julgando injustamente. O título de “deuses” não é dirigido a qualquer um, mas somente àqueles juízes a respeito de quem Jesus disse que são aqueles para “quem foi dirigida a palavra de Deus”, conforme o verso 35.

Cristo estava mostrando que se as Escrituras do AT podiam dar algum “status” divino a juízes que tinham sido divinamente assim designados, por que eles teriam de achar incrível que ele se chamasse de o Filho de Deus? Assim, Jesus estava defendendo a sua própria divindade, e não a deificação do homem.



Como eu expliquei antes, a palavra anjo significa mensageiro, e portanto um anjo pode ser um espirito, um mortal, um ser ressuscitado, ou um ser transladado.

Quando os missionarios Mórmons me ensinaram sobre o evangelho de Jesus Cristo, eles foram os anjos enviados por Deus para me ensinar. Portanto esta classe de anjos pode morrer sim, pois são mortais.

Refutação:

Os Mórmons insistem no erro de afirmar que o termo “anjos” na Bíblia se referem à seres humanos!

Anjos, biblicamente falando não são “mensageiros humanos” e sim “mensageiros de Deus”, na forma sobrenatural. Os mesmos podem inclusive se manifestar de uma forma materializada, seria uma “teofania”.

O vocábulo "ANJO" tal qual aparece nas versões correntes, vem de um termo hebraico "MAL' AKH" (malaque), no grego foi traduzido como" ANGELLOS". Em ambos os testamentos o termo " ANGELLOS" tem o significado de “MENSAGEIROS DE DEUS.” O termo anjo aplica-se a todas as ordens dos espíritos criados por Deus (Hb 1.14).

Existem muitas outras citações similares com outros apelativos que expressam o mesmo significado. O termo Anjo expressa todo ser celestial criado por Deus.

Desafio:

Gostaria que os Mórmons provassem na Bíblia aonde o termo “anjos(Malakh)” aparece se referindo para seres humanos?


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