Os cristãos e o álcool - R. C. Sproul

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Por R.C. Sproul


"Lembro-me de certo jantar em que eu estava com um grupo num restaurante. A garçonete veio nos servir e perguntou: "O que desejam para beber? Alguém gostaria de um drinque?". Um dos nossos anfitriões a cortou dizendo: "Não, somos cristãos". O presunçoso farisaísmo de nosso anfitrião não somente embaraçou a garçonete, que estava simplesmente fazendo seu trabalho, mas passou uma mensagem errada sobre o cristianismo. Cristianismo não é sobre comida nem bebida.

Beber álcool é um assunto controverso na comunidade cristã. Muitos argumentam que Jesus nunca bebeu vinho e que quando os fariseus o chamaram de beberrão estavam distorcendo a verdade. Eles também argumentam que o vinho que Jesus criou nas bodas de Caná era sem fermento. Esse tipo de argumento, contudo, reflete uma péssima e tortuosa abordagem do texto bíblico; isso acontece quando as pessoas abordam o texto bíblico com um viés cultural. Muitos estão convencidos de que a abstinência total é o único caminho espiritual, mas não aprendemos tal coisa das Escrituras - nem do Antigo Testamento ou da celebração da Páscoa. Se fizéssemos um estudo da palavra vinho na Bíblia, veríamos as coisas como são. Deus santificou a bebida e alertou contra o excesso, porque embebedar-se é pecado. Deus não faria advertências contra a embriaguez para pessoas que bebiam suco de uva.

Essa visão é ofensiva para muitos. Os que estão convencidos de que não podem beber vinho, não devem jamais permitir que vinho toque seus lábios, já que para eles isso é pecado. Para outros não é. Nosso irmão não deve nos julgar, e não devemos julgar nosso irmão."

Fonte: R. C. Sproul. Estudos bíblicos expositivos em Romanos.  Ed. Cultura Cristã, p. 431.

NOTAS deste blogger (UMPCGYN):

1. Eu, particularmente, não gosto do sabor alcoólico nos alimentos e mesmo não pertencendo a turma dos crentes que bebem, gostei (e muito!) do comentário do Sproul em cima de Rm 14.1-13.

2. Confesso que em raríssimas exceções, em determinadas circunstâncias e perto de pessoas selecionadas, um pouquinho de vinho tinto suave gelado cai bem. E nada mais!

3. O tema dessa mensagem MERECE um bom estudo nos textos de Rm 14.1 - 15.13 e 1Co 8 - 10. Ser um crente forte ou fraco na fé, conforme os textos referidos, depende e muito disso! Portanto, não despreze a doutrina e cresça na graça e no conhecimento de Jesus (2Pe 3.18). Amém.

Danilo Neves de Almeida
Fonte: UMPCGYN
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4 comentários

Concordo com o texto e ainda que eu não goste de bebidas alcoólicas,
acredito que o principal não está em beber ou não! Não podemos é deixar tais coisas nos escravizar, se realmente temos o Espírito Santo temos que nos auto dominar.
Agora por questões de saúde e até mesmo de bem estar cabe a cada um decidir aquilo que melhor se encaixa, lógico que sempre sem deixar tais coisas afetarem seu relacionamento com Cristo!

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Eu ainda acredito que nem todas as coisas são convenientes para alguns.
Quero ver você dizer isto para um ex-dependente alcoólico, que ele pode continuar dando uns goles de vez em quando, porque afinal, não é pecado!
Deve ser fácil também para uma criança ou adolescente saber que não era a bebida quem instigava seu pai, ou parente próximo a ter procedimentos inconvenientes ou violentos.
Seria mais fácil colocar nos outdoors que hoje os Cristãos podem contribuir para o crescimento da AMBEV.

Na verdade o meu ponto de vista é:
- Será que a postagem acima edifica algo no Reino? Se sim, prossiga, sua consciência não te condena, do contrário, reveja as suas base de fé!

Um abraço na Paz de Cristo.

Cesar Vitoriano

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O Reino de Deus não é comida e bebida, mas é justiça e paz no Espírito Santo.
Nosso país teve muita influencia de legalistas norte-americanos ( lembrando que os EUA é uma das nações mais hipócritas e ímpias da face do planeta Terra, e o Paul Washer denúncia isto dizendo que os EUA são odiados por sua imoralidade no mundo inteiro), e eles trouxeram essa "visão teológica" farisaica baseada em usos e costumes culturais e não na viva e eficaz palavra de Deus, é óbvio que não é aconselhavel a alguém que já teve problemas com alcoól a beber, mas é um grande exagero dizer que uma pessoa que bebeu um copo de cerveja pecou, temos que tomar cuidado pra não chamar legalismo e fanatismo religioso de fé, pois a fé vem de Deus e liberta o homem, dá vida eterna, dá alegria, já o legalismo e o fanatismo é obra da carne e traz opressão, traz morte e tristeza.
A paz irmão não te condeno, só quero seu bem e Deus te abençoe.

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Irmãos em Cristo, também é importante notarmos o contexto em que estamos inseridos.
A cerveja na Alemanha tem um significado cultural muito diferente do nosso, ao passo que no Brasil a "nossa" bebida é a cachaça...
O que tento expressar é que a sabedoria e discernimento inerente ao Cristão deve operar nesses casos.Qual o impacto sobre o não crente e o neófito por exemplo ao nos ver tomando cerveja ou um vinho? É o mesmo impacto? Que associação se faz com tal bebida (cerveja) hj em nosso país? É a nossa responsabilidade para com o corpo de Cristo. Creio que o doutor Sproul relata algo particular em determinada ocasião mas não generaliza, somente diz sobre algo que é tendência em muitas ocasiões.
Mas temos que concordar que nem sempre é farisaísmo.

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