Olho Cego e Ouvido Surdo (parte 1)

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Por: Charles Spurgeon

Uma parte do que quero dizer, na linguagem clara de Salomão, encontra-se em Eclesiastes 7:21: “Tampouco apliques o teu coração a todas as palavras que se disserem...”.

Não se pode deter a língua das pessoas e, portanto, o melhor é fazer olho cego e ouvido surdo, deixando de dar atenção ao que elas falam. Existe muita conversa fiada neste mundo e quem lhe der atenção, vai ter muito o que fazer. Mesmo quem morou conosco não estará sempre nos fazendo elogios e quando alguém desagrada até mesmo os seus servos mais fiéis, estes podem, num momento de exasperação, falar coisas das quais mais tarde irão se arrepender. Uma pessoa generosa jamais diz coisas das quais mais tarde possa arrepender-se. Se você está perto de alguém que está irritado, o melhor é se afastar, antes de ser atingido; e se for obrigado a escutar o que foi dito asperamente, isto deve ser apagado da memória, conforme Davi nos aconselha.

Tácito descreve o homem sábio, dizendo a outro que o atacou: “Você é dono de sua língua, mas eu sou o dono dos meus ouvidos. Pode falar o que quiser que eu vou escutar somente o que eu quiser.”

Podemos fechar os ouvidos, conforme fazemos com os olhos, pois, mesmo não tendo tampão para os ouvidos, conforme lemos “fechem os ouvidos para não ouvirem falar de sangue”, é possível fechá-los, para que nenhum contrabando sonoro entre por eles.

Não devemos escutar as fofocas da vizinhança, nem as palavras desanimadoras dos amigos aborrecidos e se as escutarmos, não devemos permitir que elas nos penetrem o coração. Também temos falado coisas de modo agressivo, algum dia, e ter chegado a uma delicada posição de sermos obrigados a dar conta de tudo que já falamos, até mesmo contra o nosso melhor amigo.

Assim argumenta Salomão, em outra passagem: “Pois, muitas vezes o seu coração sabe que você, também, tem amaldiçoado os outros”.


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FONTE
: http://www.wayoflife.org/. “The Blind Eye and the Deaf Ear”
- extraido de Lectures to My Students: Charles Spurgeon.
Tradução livre de Mary Schultze, em 03/03/2010.

Via: [
Projeto Spurgeon ]
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1 comentários:

Legal gostei. É isto mesmo.
Pv. 15.1

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